Registros do Programa Pedagogia da Imagem do Museu da Imagem e do Som de Campinas

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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Fanfarra da EMEF Pe. Leão Vallerie anima o lançamento da Primavera Cultural

A Primavera Cultural, na região do São Quirino, iniciou com uma bela apresentação da Fanfarra da EMEF Pe. Leão Vallerie. Cerca de 80 estudantes realizaram apresentação musical e de dança para as crianças da EMEI Recato da Alegria e do Núcleo de Assistência Social do Jardim Nilópolis.
Nossos agradecimentos ao corpo diretivo da EMEF, ao regente e aos participantes da fanfarra por este verdadeiro presente!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Vem aí... Semana do Diretor - Vladimir Carvalho

O MIS realiza, na primeira semana de novembro, a Semana do Diretor Vladimir Carvalho, com a presença desta importante figura do cinema brasileiro para exibição e discussão de sua obra.

Será lançado, na ocasião, o filme "A Cinememória de Vladimir Carvalho", mais uma produção do Professor Alberto Nasiasene, que organiza a Semana junto com Batata (Ronaldo Simões Gomes) e Orestes Augusto Toledo.

Em breve, divulgaremos aqui a programação completa da Semana.

Primavera Cultural na região do São Quirino

A Pedagogia da Imagem está promovendo, juntamente com a equipe Intersetorial Leste/ Região São Quirino e com o apoio do PAC Anhumas, a Primavera Cultural.

Serão três meses com uma programação voltada para o audiovisual, percorrendo diversos espaços comunitários e públicos dos bairros São Quirino, Nilópolis, Jardim Santana e rua Moscou.

A Primavera Cultural começa dia 5 de outubro, com fanfarra e cortejo saindo da E.E. Moacir Campos até o Recanto da Alegria, e segue com a seguinte programação:
  • dia 5, segunda-feira - exibição do documentário "Infância: memórias e brincadeiras" na EMEI Recanto da Alegria, às 8h, 13h e 16h. Duração: 30 min. O documentário traz depoimentos de moradores da região, sobre suas memórias de infância, resgatando experiências, brincadeiras, cantigas e histórias.
  • de 5 a 30 de outubro, de segunda a sexta-feira, das 9 às 16h, exposição fotográfica "Projeto Anhumas", no Barracão São Quirino, na rua Moscou.
  • de 5 a 27 de novembro, de segunda a sexta-feira, das 9 às 16h, exposição fotográfica "Recantos", na CRAS Nilópolis.
  • de 24 de novembro a 4 de dezembro, de terça a sexta-feira, no período da manhã, a exposição fotográfica "Projeto Anhumas" estará no Barracão da Dona Ginalva, na Rua Luiza de Gusmão.
  • de 10 a 18 de dezembro, de segunda a sexta-feira, das 8 às 16h45, a exposição "Recantos" vai à ANA - Associação Nazareno de Assistência.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Pedagogia da Imagem vai a Mariana - MG

O VII Simpoed - Simpósio de Formação e Profissão Docente - ocorrerá em Mariana, entre 22 e 23 de outubro de 2009. É organizado pelo ICHS da Universidade Federal de Ouro Preto e reúne pesquisadores de todo o país. De acordo com os organizadores, o número de inscritos superou as expectativas. A seleção dos trabalhos - sem identificação - foi feita por comissão científica composta por membros externos à UFOP.

A Pedagogia da Imagem estará presente neste encontro, com a apresentação em poster do trabalho "Pedagogia da Imagem: compreendendo a formação continuada de docentes para o trabalho com as linguagens e tecnologias da comunicação."

Mais informações sobre o Simpoed na página www.simpoed.ufop.br.

sábado, 26 de setembro de 2009

Seminário no MIS reúne estagiários de licenciatura da Unicamp

As turmas de estagiários de licenciatura da Unicamp que escolheram o MIS como campo de trabalho reuniram-se neste sábado, 26 de setembro, das 9 às 12h, para debater os fundamentos e a metodologia da Pedagogia da Imagem. O foco foi a discussão de como um programa como este pode ser aplicado a diferentes áreas de atuação, como a arte-educação (dança), saúde, história e a docência.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Intersetorial Leste cobra ações culturais

O Fórum da Intersetorial Leste reuniu, em 23 de setembro, das 8 às 15h, na Vila 31 de Março, agentes públicos e instituições não-governamentais para realizar um balanço dos avanços e dificuldades enfrentadas nas diversas microrregiões. Uma das demandas apresentadas diz respeito à presença da cultura na Intersetorial, incluindo mais ações e agentes na região.

A demanda pela cultura é sinal de seu reconhecimento como um direito de cidadania, tão importante quanto saúde, educação e proteção social.

A Pedagogia da Imagem, convidada pela Intersetorial São Quirino, apoiou a equipe do Fórum por meio da gravação de imagens em vídeo digital. O objetivo, além de realizar o registro histórico e sua preservação e acesso público pelo acervo do MIS, é promover a edição das imagens em um curta metragem, que sirva para informação e discussão nas diversas equipes microrregionais.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Digitalização do acervo de cartazes do MIS


O Museu da Imagem e do Som possui um interessante acervo de cartazes de cinema e eventos culturais de Campinas e outras cidades, cujo montante ultrapassa os três mil exemplares.

O acervo foi inventariado pela funcionária Ana Matos e, agora, está sendo digitalizada por Juliana Siqueira e Kelly Keiko Koti Dias. Algumas coleções já estão completamente digitalizadas e podem ser consultadas, mediante agendamento.

As coleções de cartazes do MIS são uma prova material da produção cultural de Campinas, sobretudo nas áreas de cinema, fotografia e vídeo.

sábado, 12 de setembro de 2009

Alunos da PUCC conhecem a Pedagogia da Imagem

Alunos da Profa. Ana Rosa Cloclet, da PUC Campinas, cursando diversas carreiras, como História, Direito e Pedagogia, entre outras, visitaram o MIS no sábado, 12 de setembro. Além da visita monitorada pela exposição de longa duração, eles participaram de uma apresentação sobre a Pedagogia da Imagem, feita por Juliana Siqueira.

O intercâmbio entre o MIS e estudantes de graduação, sobretudo em Ciências Humanas, é sempre positivo. Difundimos a Pedagogia da Imagem e contribuimos para a formação inicial de professores e profissionais por meio da reflexão sobre a importância do audiovisual na sociedade contemporânea, como instrumento de participação, cidadania e produção cultural.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Pedagogia da Imagem será apresentada no CLEA

O CLEA - Congresso Latinoamericano e Caribenho de Arte-Educação - ocorrerá em Belo Horizonte (MG) entre 25 e 28 de novembro de 2009. Estaremos lá para realizar o intercâmbio com projetos de toda a América Latina e para apresentar e debater a Pedagogia da Imagem. Nossa comunicação "Pedagogia da Imagem: uma abordagem da ação educativa em audiovisual" foi avaliada e aceita pela comissão científica do evento.

O artigo submetido apresenta o programa educativo Pedagogia da Imagem, discorre sobre seus fundamentos teóricos, o contexto de sua criação e os desafios sociais aos quais pretente responder, os campos de estudo aos quais se vincula, sua definição, áreas de atuação, parâmetros para criação e avaliação de projetos culturais-educativos e os impactos institucionais e sociais do programa.

A submissão de trabalhos encerrou-se no dia 27/07. Foram recebidos 243 textos, sendo 18 de Políticas Educacionais e Desafios Latinoamericanos em Arte/Educação, 130 em Múltiplas Abordagens e Apropriações para Arte/Educar e 95 em Metodologias de Pesquisa e Ensino em Arte.

O Congresso Latinoamericano e Caribenho de Arte/Educação terá a participação de arte/educadores, pesquisadores de arte/educação e de ensino de Arte, professores e estudantes de Arte, educadores, arte-terapeutas, artistas, organizações governamentais e não-governamentais que trabalham na área ou em áreas afins, agentes culturais, mediadores de museus e galerias e todas as pessoas interessadas em arte/educação.

Simultaneamente ao Congresso Latino Americano e Caribenho de Arte/Educação serão realizados o 19º Congresso Nacional da Federação dos Arte/Educadores do Brasil – CONFAEB e o Encontro Nacional de Arte/Educação, Cultura e Cidadania. O Encontro é uma realização conjunta do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Cultura (MINC), sob a coordenação da Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI).

Para mais informações sobre o CLEA, visite www.eba.ufmg.br/clea.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Museu da Imagem e do Som homenageia fotógrafo Gilberto de Biasi com exposição na Semana Hércules Florence

O Museu da Imagem e do Som de Campinas abre a exposição Gilberto de Biasi – Ofício do Olhar no dia 17 de agosto de 2009, segunda-feira, às 19h30min. O evento, realizado na sala de expo-sições temporárias do MIS, integra a programação comemorativa da Semana Hércules Florence. A visitação à exposição é gratuita e fica aberta de terça a sexta-feira, das 10h às 18h, até 11 de setembro. O MIS fica na Rua Regente Feijó, 859, Centro.

Gilberto de Biasi
Gilberto de Biasi é um fotógrafo nascido em Campinas, em 21 de julho de 1931. Autodidata, iniciou seu aprendizado em fotografia aos doze anos, trabalhando como auxiliar em laborató-rios fotográficos da cidade. Aos dezesseis anos, começou sua carreira como fotojornalista, atu-ando como freelancer para o Diário do Povo e, mais tarde, para o Correio Popular, Gazeta, Esta-do de São Paulo, Diários Associados, Manchete e A Cigarra. Biasi também prestou serviços para a Prefeitura, entre 1953 e 1957, num trabalho do qual se origina parte da coleção “Gilberto de Biasi” existente no MIS. Influenciado pelo estilo da revista O Cruzeiro, tornou-se um fotógrafo sensível e versátil, que registrou a vida e os acontecimentos sociais de Campinas a partir dos anos 50, momento em que a cidade sofria um período de grande transformação, prenúncio da metrópole dinâmica e complexa dos dias atuais. Sempre cuidadoso com as fotografias que pro-duziu, ao longo das décadas, Biasi acabou formando um precioso e organizado acervo, com grande parte dos negativos produzidos em sua trajetória.

A Coleção Gilberto de Biasi no MIS
A Coleção Gilberto de Biasi existente no Museu da Imagem e do Som de Campinas compõe-se de 335 fotografias em preto e branco, impres-sas em papel fotográfico, sem negativo, data-das da década de 50. Foi formada a partir da identificação da autoria do material existente na Coleção MIS, cuja origem está na constitui-ção do próprio museu, em 1975. Atualmente, a coleção encontra-se digitalizada e disponível para consulta, mediante agendamento com o Setor de Fotografia.A importância desta coleção reside em sua qualidade estética e seu valor histórico. Repre-senta uma fração ínfima da produção deste grande fotógrafo campineiro, apaixonado pela fotografia, autodidata formado na observação antenada à produção de sua época e no exercício do fazer.Sua marca é o apuro técnico e o olhar sensível. Fotojornalista, clicando em preto e branco, no flagrante dos acontecimentos, Biasi não descuida de representar os vários tons de cinza, suavemente, em cada cena. Isso nas mais variadas condições de luz - do pleno dia às fo-tos noturnas, passando pelo contra-luz. Suas composições são sempre harmoniosas, mas nunca monótonas, explorando uma grande variedade de ângulos, enquadramentos e pontos de vista, como quem sabe se colocar no lugar certo, na hora certa. Biasi não apenas registrava o que via: dominando a técnica e a linguagem, construía habilidosamente suas fotos como uma poesia visual. Do ponto de vista histórico, a coleção retrata uma Campinas a ponto de desaparecer, o momento pregnante da cidade cuja transformação daria origem à metrópole atual. Nela, Cam-pinas se mostra acolhedora e organizada, com suas praças convidando ao descanso e à brinca-deira, suas ruas tomadas de gente nas festividades cívicas ou religiosas, suas edificações antigas revelando à distância o horizonte.

A exposição Gilberto de Biasi – ofício do olhar
Para a exposição, foram selecionadas 34 imagens, das quais a foto de abertura e as dez primei-ras receberam tratamento digital para recuperar suas características originais. A amostra traduz um pouco da diversidade de abordagens, aspectos sociais e recursos de linguagem que encon-tramos no montante da coleção. As fotos foram organizadas de acordo com as temáticas identi-ficadas: o trabalho, a infância, os desfiles e comemorações coletivas, o lazer (futebol, teatro e parques), as praças (território de fruição do espaço público), a modernidade das construções (traduzida numa linguagem quase gráfica), as panorâmicas da cidade (onde ainda se nota o horizonte), a expansão de Campinas e suas contradições, a vida noturna e a dessacralização do sagrado (representada pela imagem da Catedral “engolida” pelas novas e altas construções e pelo burburinho da nascente metrópole).

A qualidade singular das imagens produzi-das por Biasi transforma esta exposição nu-ma verdadeira aula de fotografia - dada por quem aprendeu seu ofício na lida cotidiana e na observação do trabalho dos mestres de sua época. O Museu optou por produzi-la em material prático, leve e durável, para que pudesse ser transformada em exposição iti-nerante, levada aos vários cantos da cidade e apreciada pelo maior número de pessoas. O agendamento estará disponível para escolas e espaços educativos, a partir de 14 de se-tembro, na Secretaria do MIS.


SERVIÇO – Exposição “Gilberto de Biasi – Ofício do Olhar”. Abertura: 17 de agosto de 2009, segunda-feira, às 19h30min. Visitação de terça a sexta-feira, das 10 às 18h, até 11 de setembro. Entrada gratuita. Sala de exposições temporárias do MIS – Rua Regente Feijó, 859, Centro. Agendamento da exposição itinerante (a partir de 14 de setembro) e atendimento a pesquisadores para consulta à coleção fotográfica pelo fone (19) 3733-8800. E-mail: mis@campinas.sp.gov.br.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Exposição do Centro Promocional Tia Ileide, no MIS, traz reflexão sobre a educação artística para crianças

O Centro Promocional Tia Ileide expõe, a partir de 8 de agosto, sábado, às 15h30, no MIS, a produção de crianças e adolescentes participantes das suas oficinas de Artes Plásticas.

A importância da mostra, chamada Desdobramentos, está no modo como os elementos da linguagem visual são trabalhados com as crianças: "A proposta é superar preconceitos (de que o desenho tem que ser descritivo ou ter uma função comunicativa), modelos cristalizados e fórmulas de representação, geralmente aprendidas na educação infantil: sóis, casas, árvores e nuvens etc., e outras barreiras que muitas vezes nos impedem de descobrir a linguagem visual e suas possibilidades. A oficina trabalha novas referências visuais, partindo sempre da produção dos educandos, para uma discussão que visa orientar um processo de autonomia e liberdade com a linguagem, na busca por uma expressão genuína", explica a educadora Natália Brescancini.

Abaixo, o convite para a mostra, que é gratuita:



Mais informações no CPTI (fone 3281-1450) ou no MIS (3733-8800).

Animação "Favela Sinistra" está entre os finalistas do 5º Concurso Causos do ECA



"Favela Sinistra" é um filme de animação criado, em 2008, por adolescentes participantes do projeto Adolecine, desenvolvido em uma parceria entre o Centro de Referência e Atenção Integral à Saúde do Adolescente (CRAISA) e o Programa Pedagogia da Imagem do Museu da Imagem e do Som de Campinas.

Ele conta a história de dois adolescentes vítimas da violência policial e faz um apelo a toda a sociedade: "O que você tem a ver com isso?"

Inscrito no 5º Concurso Causos do ECA, promovido pelo projeto Pró-Menino, da Fundação Telefônica, o filme está entre os sete finalistas da categoria "ECA como instrumento de transformação - Vídeo". Dois projetos serão premiados. O resultado será divulgado em novembro.

A 5ª. edição do concurso Causos do ECA recebeu 785 inscrições. Assim como nas edições anteriores, a maioria dos causos enviados está na categoria “ECA como instrumento de transformação”: 610 no total – entre vídeos e textos. A categoria “ECA na escola” recebeu 175 causos. Na linguagem vídeo – a grande novidade desta edição do concurso – foram 58 inscrições.

Mais informações em http://www.promenino.org.br.

Boa sorte ao grupo!

Projeto "Recantos" é apresentado no 17º Congresso de Leitura do Brasil

Dia 22 de julho, às 16h45min, na sala 8 da Faculdade de Educação Física, Analice Gomes de Lima Dias, Tânia Cristina da Costa e Juliana Siqueira apresentaram o trabalho "Produção de imagens e leitura de mundo: transvendo a realidade cotidiana". A apresentação faz parte da programação do 17º Congresso de Leitura do Brasil (Cole), no eixo temático "Escritas, imagens, criação: diferir". Mais informações sobre o Cole estão no site http://www.alb.com.br/17cole.

O grupo também elaborou um artigo, que em breve estará disponível nos anais do evento. Eis o resumo, já publicado:

Cotidianamente, a escola gera grande quantidade de dados, sejam registros escritos ou fotográficos. Nem sempre, porém, eles contemplam os aspectos mais significativos do cotidiano escolar, deixando escapar alguns dos elementos essenciais para a compreensão da dinâmica escola-comunidade. Normalmente feitos pelo corpo de educadores, consolidam um olhar técnico, unidirecional e monológico sobre o processo educativo. Sua comunicação raramente adota uma perspectiva histórica, perdendo-se o que foi construído ao longo do tempo. Assim, lamentavelmente, somente uma parte do que é registrado chega a público e, por vezes, numa linguagem inacessível para pais e alunos.

Com o objetivo de alargar as possibilidades da produção e do uso da fotografia no ambiente escolar, o Museu da Imagem e do Som de Campinas (MIS, Programa Pedadogia da Imagem) e a EMEI Recanto da Alegria (Projeto Memória, Mídia e Educação Infantil) estabeleceram, em 2008, uma parceria, por meio da qual se propuseram a trabalhar a memória coletiva da escola, na sua interação com a comunidade. Os moradores dos bairros Jardim Nilópolis, São Quirino, Cafezinho, Novo Horizonte e Gênesis (vizinhos à EMEI) foram convidados a participar de uma oficina de fotografia digital e construíram o roteiro dos passeios fotográficos que compunham a parte prática do curso. Mais de mil fotos foram produzidas, 700 delas incorporadas ao acervo do MIS, e 40 ampliadas em papel fotográfico, gerando uma exposição inaugurada na escola em novembro de 2008 e, no MIS, em março de 2009. A partir dessa experiência, os participantes da oficina desenvolveram um novo olhar para sua própria realidade cotidiana – mais atento e sensível, capaz de apontar a crítica social, tanto quanto de reencontrar a beleza e a poesia numa paisagem que expressa a condição de vida dos excluídos.

Em breve, publicaremos também uma foto do evento.

domingo, 5 de julho de 2009

"Oi, tudo bem?" Adolescentes lançam vídeo sobre prevenção à AIDS e DST


O Museu da Imagem e do Som de Campinas (MIS) lança, no dia 7 de julho, terça-feira, às 18h 30min, o curta-metragem “Oi, tudo bem? Um papo sobre sexo e prevenção”. O documentário, que tem 12 minutos de duração, foi produzido pelos adolescentes Anderson Rodrigues e William Rocha, durante uma oficina de vídeo digital promovida pelo Programa Pedagogia da Imagem, do MIS. O filme trata da prevenção à AIDS e DST junto aos adolescentes. O evento tem entrada franca e acontecerá na Sala Imagens de um Sonho, na sede do MIS, à Rua Regente Feijó, 859, Centro.

A produção do documentário levou três meses e foi realizada por meio da parceria entre o MIS e o projeto AIDS e Juventude, do Centro de Educação e Assessoria Popular (Cedap). Durante esse período, os jovens pesquisaram sobre o tema e entrevistaram adolescentes e profissionais da saúde e da educação. Eles também aprenderam a utilizar a câmera digital e tiveram noções da linguagem cinematográfica. Com a orientação dos educadores, produziram o roteiro e editaram o vídeo no computador. O resultado é uma reflexão séria, mas bem-humorada, sobre o fato de que, diante de tantas informações disponíveis sobre o uso de preservativos, muitos adolescentes ainda não se previnem adequadamente contra as DST ou a gravidez precoce. A chave – aponta o vídeo – pode estar no debate sobre questões da sexualidade e dos afetos, na valorização de si e na ampliação das possibilidades de realização dos adolescentes, com a construção de um projeto de vida.

sábado, 4 de julho de 2009

Itinerários do Olhar - Rumo: Noroeste - Exposição fotográfica no MIS



O Museu da Imagem e do Som de Campinas (MIS) inaugura, no dia 7 de julho, terça-feira, às 15 horas, a exposição fotográfica “Itinerários do olhar – rumo: noroeste”. São 42 fotos produzidas durante a Oficina de Fotografia Digital para Multiplicadores, promovida pelo Programa Pedagogia da Imagem, do MIS, entre março e maio de 2009. A proposta foi formar profissionais das áreas da saúde e educação para o desenvolvimento de projetos em arte-educação com crianças, adolescentes e adultos, a partir de uma perspectiva dialógica, crítica e sensível.

Para isso, abordou não apenas os elementos da gramática visual, como também uma metodologia para desenvolvimento de oficinas de caráter popular. A visitação à exposição é gratuita e vai até 31 de julho, de terça a sexta-feira, das 10 às 18 horas, na sede do MIS, à Rua Regente Feijó, 859, Centro. A exposição, que deverá itinerar pela região Noroeste após o período de visitação no MIS, é uma realização conjunta entre o Museu, o Centro de Referência e Atenção Integral à Saúde do Adolescente (Craisa) e o Centro de Convivência e Cooperação Toninha (Ceccoo-Toninha).

Fotógrafos e itinerários
Participaram da oficina: Américo Azevedo (psicólogo, Craisa), Kelly Keiko (estudante de História, Unicamp), Mariana Rampazzo (educadora, Casa Guadalupana), Nara Zanetti (CAPS-Integração), Ney Moraes Filho (educador, Ceccoo-Toninha) e Valdemar de Sousa (psicólogo, Craisa). Em comum, os participantes tinham o local de atuação: a região Noroeste da cidade. Assim, dispuseram-se a percorrer os itinerários que vão do Centro à periferia, dando visibilidade aos espaços socioculturais mais significativos no seu trabalho.

O grupo partiu do Centro (Largo do Pará e Terminal Central) rumo aos limites da cidade (na fronteira com Monte-Mor, junto ao Rio Capivari), passando pela Vila Manoel da Nóbrega (Casa Tainã e Casa das Oficinas), a Fazenda Roseira, a Praça da Concórdia, o Centro Comunitário do Parque Itajaí e, finalmente, o bairro São Luís. A trajetória revelou espaços-tempos de exclusão e integração, de descaso e de participação, de denúncia e de anúncio, de abandono e de preservação, de isolamento e de amizades, de revolta e de poesia. Um território em que se encontram, vivem e sonham crianças, jovens e idosos – cidadãos, enfim.

A exposição oferece aos interlocutores a oportunidade de refletir sobre a importância das redes sociais que, pela convivência, acolhimento, participação e produção cultural, contribuem para a humanização desta metrópole diversa, difusa e mutante chamada Campinas. Além disso, demonstra a importância do desenvolvimento de ações intersetoriais, que possibilitam a formação, troca de experiências e cooperação entre os setores da Saúde, Assistência Social, Cultura e os estudantes.

SERVIÇO – Abertura da exposição “Itinerários do olhar – Rumo: Noroeste” – Dia 7 de julho, terçafeira, 15 h, no Museu da Imagem e do Som de Campinas. Rua Regente Feijó, 859, Centro. Entrada gratuita. Visitação até 31 de julho, de terça a sexta-feira, das 10 às 18h. Fone: (19) 3733-8800. Email: mis@campinas.sp.gov.br

PROGRAMA PEDAGOGIA DA IMAGEM – Oficinas de fotografia digital para multiplicadores e exposições itinerantes. Contato: Juliana Siqueira. E-mail: pedagogiadaimagem@uol.com.br.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Infância: memórias e brincadeiras


No dia 2 de julho, em sessão especial do curso Pedagogia da Imagem, Analice Gomes de Lima Dias, professora da EMEI Recanto da Alegria, e Kelly Keiko Koti Dias, estudante de história da Unicamp, apresentaram o projeto Memória, Mídia e Educação Infantil - Memórias de Infância. O objetivo foi compartilhar com as educadoras participantes do curso Pedagogia da Imagem uma experiência de utilização da metodologia da história oral em audiovisual na escola, com a finalidade de abri-la à participação e ao protagonismo da comunidade.

O projeto dá continuidade a um trabalho que vem sendo construído coletivamente por profissionais da EMEI Recanto da Alegria desde 2003 e apoiado pelo Programa Pedagogia da Imagem, do Museu da Imagem e do Som de Campinas, desde 2007, em torno da temática “Memória, Mídia e Educação Infantil”.

Aprofundando o trabalho de interação escola-comunidade, desenvolvido nos anos anteriores, o grupo está realizando o resgate das memórias da infância dos familiares dos alunos, com foco em brincadeiras, brinquedos artesanais, cantigas e histórias, que vêm sendo:
. registradas em vídeo digital, organizadas, catalogadas e disponibilizadas para preservação e comunicação deste patrimônio imaterial;
. incorporadas ao repertório das educadoras da EMEI/ SME e introduzidas em suas práticas educativas;
. trabalhadas junto às crianças, no cotidiano escolar, valorizando sua identidade sociocultural;
. traduzidas em bens e atividades de fruição cultural e de lazer para a comunidade (exposição fotográfica, sessão de exibição e debate de vídeo e em evento - dia de brincadeiras);
. transformadas em objeto de reflexão e investigação científica, com foco na produção de conhecimentos e troca de experiências.

A primeria etapa do projeto foi concluída, com a coleta dos depoimentos orais e a produção de um vídeo documentário de 30 minutos, intitulado: "Infância: memórias e brincadeiras". Na ocasião da apresentação, foi feita a pré-estréia do vídeo, que deverá ainda ser exibido aos depoentes, antes de ser lançado oficialmente.

No segundo semestre, estão previstas atividades de socialização na EMEI, com as educadoras e as crianças, e a realização de exibição pública do vídeo e do "Dia de Brincadeiras", na semana da criança.


quinta-feira, 25 de junho de 2009

Pedagogia da Imagem vai a São José dos Campos

Em 25 de junho, Juliana Siqueira esteve na Fundhas, em São José dos Campos, para apresentar aos educadores da instituição o programa de formação continuada de professores Pedagogia da Imagem. A participação da Pedagogia da Imagem na atividade de formação dos educadores da Fundhas foi um convite do Prof. Dr. Ismar de Oliveira Soares, através do Núcleo de Comunicação e Educação (NCE) da ECA-USP.

Na primeira parte da dinâmica, com a presença de crianças e adolescentes atendidos na instituição, foi exibido e discutido o curta experimental de Norman McLaren "O conto de uma cadeira". Em seguida, os jovens experimentaram a produção de curtas animações em stop-motion, com uma câmera digital e um computador com um programa básico de edição (Movie Maker).

Na segunda parte da dinâmica, dedicada apenas a professoras, foi discutido o tema "Quem educará os educadores?" Foram abordados os limites e possibilidades da formação continuada de docentes para a incorporação das linguagens e tecnologias da comunicação ao trabalho pedagógico, a partir dos eixos da subjetividade (formação inicial, histórias de vida, hábitos culturais), das condições estruturais (políticas educativas, recursos disponíveis, relações interpessoais e políticas no ambiente escolar e interação escola-comunidade) e das práticas coletivas (de criação de visibilidade e legitimação para os projetos inovadores e de discussão e constituição da identidade profissional a partir da sistematização das práticas e da reflexividade docente).

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Plantando o Saber

Conheça o vídeo roteirizado e dirigido pelo professor Alberto Nasiasene, sobre o projeto Plantando o Saber, desenvolvido na EMEF Violeta Dória Lins em 2008.


O vídeo é um média metragem de 25 minutos, produzido em mídia digital.

Sinopse (por Alberto Nasiasene):
No contexto histórico da sociedade brasileira, no início do século XXI, em Campinas, numa escola pública municipal, tenta-se captar, neste documentário, as leituras que os diversos atores da comunidade escolar fazem da temática ambiental presente na agenda mundial.

O documentário aborda a pauta ambiental a partir de um projeto pedagógico envolvendo professores de diversas disciplinas e alunos, em sua prática social interna no período de aulas.

A região em que se localiza a escola encontra-se muito desarborizada, mas, historicamente, fez parte da área com cobertura vegetal de Mata Atlântica antes da colonização desenfreada da região de Campinas a partir do século XVIII.

O projeto local insere-se tanto no esforço de reflorestamento e preservação das espécies arbóreas de Mata Atlântica, quanto como estratégia sócio-pedagógica e política que procura educar as novas gerações para a valorização de nosso patrimônio ecológico tropical atlântico.

Aproveite o vídeo! Disponível no acervo do Museu da Imagem e do Som de Campinas.

domingo, 31 de maio de 2009

Estudando fotografia na Internet

Aprender a fotografar não é apenas descobrir como fazer os ajustes corretos na câmera fotográfica. É preciso descobrir como olhar de maneira diferente para as coisas cotidianas.

Observar o trabalho de grandes fotógrafos é uma maneira de ampliar nosso repertório visual, despertando para as questões instigantes que os artistas nos propõem, ao explorar os limites da técnica e da linguagem na expressão de sua visão de mundo.

Confiram sites interessantes:

http://www.allposters.com/-st/Photographer-Posters_c1943_.htm
(para navegar livremente e conhecer trabalhos de fotógrafos e artistas plásticos)

http://www.elrollo.com.ar
(fotógrafos latinoamericanos)

http://www.confoto.art.br
(confederação brasileira de fotografia)

http://www.miniweb.com.br/artes/artigos/imagem_do_brasil.html
(um pouco da história da fotografia no Brasil)

http://www.girafamania.com.br/montagem/fotografo-sebastiao-salgado.html
(para conhecer um pouco o trabalho de Sebastião Salgado)

http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u410.jhtm
(biografia de Sebastião Salgado)

http://www.photosynt.net/ano2/palco&pop_up.htm
(revista eletrônica dedicada à fotografia, com trabalho de vários fotógrafos)

http://www.fodors.com/travel-photography/
(dicas de fotografia de viagens - em Inglês)

http://viewfinder.english-heritage.org.uk/
(fotos históricas da Inglaterra - em Inglês)

http://www.eba.ufmg.br/cfalieri/index.html
(Manual prático de fotografia pin-hole)

http://wwwbr.kodak.com/BR/pt/consumer/fotografia_digital_classica/para_uma_boa_foto/para_uma_boa_foto.shtml?primeiro=1
(Site da Kodak, com dicas muito interessantes para tirar boas fotos)


O Professor Alberto Nasiasene também compartilhou conosco alguns dos links mais interessantes que encontrou na Internet, não só de fotografia, mas de artes plásticas também:

Este site possui um amplo acervo de arte mais antiga e é uma boa fonte para estudar a obra completa de vários pintores que são clássicos para a história da arte:
http://www.wga.hu/index.html

A galeria da Olga é mais acessível a pintores mais recentes do que a galeria acima:
http://www.abcgallery.com/index.html

É possível ter acesso a fotos antigas nos EUA e a certos fotógrafos clássicos na história americana do norte a partir do site da Biblioteca do Congresso (a maior do mundo):
http://www.loc.gov/index.html

As fotos sobre a Guerra Civil americana são um dos pontos altos do site:
http://www.loc.gov/search/civilwar.html

As fotos propriamente ditas:
http://lcweb2.loc.gov/pp/cwphtml/cwpabt.html

É só clicar e ir explorando os links:
http://lcweb2.loc.gov/pp/cwphtml/cwpabt.html

Galeria de fotos do Congresso dos EUA no Flikcr:
http://www.flickr.com/photos/Library_of_Congress

A biblioteca virtual da Unesco:
http://www.wdl.org/pt/

Fotógrafos:
http://www.caciomurilo.com.br/cacio_murilo.jsp
http://www.chicoalbuquerque.com.br/
http://www.araquem.com.br/
http://www.sebastianrojas.com/
http://www.fotografiadocumental.com.br/

O programa O Mundo da Fotografia, episódios Flávio Damm e Leonardo Crescenti:
http://www.youtube.com/watch?v=_y_4sTu5rs4
http://www.youtube.com/watch?v=FJmX-wBzATY&feature=related

Fotoblogs do UOL. Alguns deles são muito criativos inspiradores:
http://adelmosantos.nafoto.net/index.html
http://leiluka.fotoblog.uol.com.br/
http://paulolimaphoto.fotoblog.uol.com.br/
http://psnl.fotoblog.uol.com.br/
http://olhandobrasilia.nafoto.net/index.html

É isso aí, pessoal!
A Internet é uma fonte de pesquisa incrível. Compartilhem conosco os sites de fotografia que mais gostam de visitar.

Abraços,

Juliana

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Dica: Trabalhando os direitos das crianças e adolescentes

O INDICA (Instituto dos Direitos da Criança e do Adolescente) produziu uma série de vídeos com a participação de crianças e jovens em situação de risco, cegos, com Sindrome de Down e cadeirante. A metodologia adotada nos vídeos incluiu a utilização de técnicas circenses, palhaços, mamulengos, dança, música e teatro. As letras das músicas que acompanham os vídeos são um incentivo para a reflexão para os temas de diversidade e que podem ser aprendidas e utilizadas em atividades dentro de sala de aula.

Vale a pena conferir no site: http://mundobem-me-quer.blip.tv

Ficha Técnica: Todo Tipo de Gente Direção, roteiros, textos e direção de arte: Eliana Carneiro Direção musical, composição e arranjos: Jorge Brasil Letras: Eliana Carneiro Cantores: Jorge Brasil, Ismael Fonte, Naira Carneiro e Isa Flor Direção de fotografia e câmera: Dizo Dal Moro e Shirley Farias Edição: SMV edição de imagem Gravação e finalização: Victor Z - Studio Uns aos Outros Produção: ManaKa Produções e Indica Apoio: SMV edição de imagem e TV Mais Realização: INDICA - Instituto dos Direitos da Criança e do Adolescente Patrocínio: Inter-American Foudation.

Assista agora "O que é felicidade?"



terça-feira, 26 de maio de 2009

Reflexões na VII Semana dos Museus em Campinas


Os educadores lotaram a sala Imagens de um sonho, no MIS.

No dia 21 de maio, fizemos uma programação especial no curso Pedagogia da Imagem, abrindo-o a todos os interessados, para marcar a Semana dos Museus em Campinas.

Nossa programação teve uma dinâmica um pouco diferente e incluiu a apresentação da pesquisa de mestrado Quem educará os educadores?, que defendi na Escola de Comunicações e Artes da USP no dia 6 deste mês, com um debate, e o lançamento de dois vídeos, ocurta-metragem Recantos, sobre o projeto que desenvolvemos em parceria com a EMEI Recanto da Alegria, e o média-metragem do prof. Alberto Nasiasene, Plantando o Saber.

Minha fala dialogou com a Semana dos Museus e, portanto, propôs uma reflexão sobre o papel dos museus na nossa cidade e, de uma maneira mais ampla, o papel das instituições públicas, o papel das instituições educativas e a questão da formação dos educadores para os desafios que temos que enfrentar. Abaixo, reproduzo a parte inicial da apresentação.

Sobre a Semana dos Museus, não sei se vocês têm acompanhado os debates que foram levantados nos jornais. O Correio Popular publicou na terça-feira, dia 19, uma reportagem no caderno cidades, intitulada “Descaso afeta museus de Campinas”. Sobre as condições dos museus eu não devo me pronunciar. O que me parece interessante é que finalmente a Semana dos Museus trouxe a oportunidade para a sociedade despertar para a existência dos museus. E creio que muitos pararam para se perguntar: diante do quadro de precariedade que foi exposto pela reportagem, os museus são relevantes na nossa cidade? Diante dos grandes desafios que a cidade tem, essa instituição é necessária? Ela tem um papel a cumprir? Ou ela tem uma importância secundária? Justifica-se o investimento público nessa instituição? E, principalmente, nós, que somos funcionários dos museus, temos nos feito essas perguntas?

Eu posso falar apenas a partir de onde estou. Pessoalmente, eu me faço essas perguntas desde o dia em que comecei a trabalhar aqui, em novembro de 2004. E, felizmente, tenho encontrado espaço para discutir essas questões com os colegas que se dispõem a fazer esse exercício coletivo. E é assim que temos pensado conjuntamente o Museu da Imagem e do Som e, dentro das condições que nos são dadas, reavaliado nossas ações, propondo outras, buscando fazer a leitura desse cenário complexo, tanto do museu quanto da cidade.

Discutir a relevância do museu na cidade implica justamente fazer esse exercício: que cidade é essa? Que museu é esse? Como o museu vai atender às necessidades da sociedade? (E não o contrário.) Também pelos jornais e telejornais, podemos ter alguma noção dos desafios que a cidade precisa encarar. Os temas mais recentes e frequentes que me vêm agora à mente são: criminalidade, violência, exploração e abusos de todos os tipos contra crianças e adolescentes (foi noticiado que esse problema aqui é mais frequente que a média nacional), tráfico de drogas, a pichação dos monumentos e das propriedades, ocupações irregulares de terras (que a imprensa insiste em qualificar como invasões), aliciamento de trabalhadores de outras regiões do país, que são alojados nas piores condições, desrespeito ao meio ambiente e já na região metropolitana, até mesmo desabastecimento de água, penalizando populações inteiras. Há também o frequente questionamento dos problemas relacionados à qualidade das escolas, o vandalismo nas escolas e assim por diante. Os amargos remédios que têm sido apontados como panacéia para esses males, além de se provarem inócuos, atacam os efeitos e não as origens do problema: mais policiamento, mais cadeia, redução da maioridade penal, vigilância privada, vigilância pública e monitoramento por câmeras, inclusive nas escolas, repressão... mais violência! Discutir a abordagem que a mídia faz desses temas não é o meu foco aqui. Quero tentar tecer um painel daquilo que vemos todo os dias na TV e nos jornais.

A fragmentação que a mídia faz dessas questões, como se elas não estivessem relacionadas, muitas vezes nos impede de perceber que se trata de um problema crônico em Campinas, uma cidade que está no imaginário de todos como uma cidade rica, pujante, a cidade dos barões do café, a cidade de Carlos Gomes, das universidades, dos pólos de alta tecnologia, de Viracopos, de grandes negócios... Em outras palavras, uma cidade de grande expressão econômica, cultural, intelectual.

Mas todos nós sabemos que Campinas são duas. Desde os anos 50, quando o crescimento foi se acelerando, a cidade foi atraindo uma população de várias partes do país, que buscava melhores oportunidades de vida. A primeira cidade oferecia trabalho, mas não enfrentou satisfatoriamente a questão de como integrar esses trabalhadores adequadamente na sua malha de serviços urbanos. E assim é que foi surgindo a segunda cidade, a cidade além da Anhanguera. A cidade para onde foram aqueles que não encontraram brechas na Campinas de cá. A cidade invisível, que não povoa o imaginário coletivo dos grandes símbolos de poder. A cidade que se auto-organiza no caos, a cidade que não cabe em definições. A cidade que se tornou maior que a primeira, e ameaça sua ordem e sua lógica. A cidade que não pode ser mais ignorada. Chamá-la de periferia é um contra-senso. Talvez ela tenha se tornado mais real que a primeira Campinas. A Campinas do Centro, dos monumentos, da Estação, do casarão, do palácio, dos edifícios tombados, talvez seja apenas uma Campinas sonhada. Um sonho antigo, do qual um dia acordamos e nos demos conta de que não pertence mais a nós.

Abro aqui um parênteses para dizer que, felizmente, isso não significa que precisemos derrubar o patrimônio histórico, uma vez que os sentidos de que inicialmente eles eram revestidos não cabem mais. Ao contrário: os símbolos têm grande força porque seus significados não são fixos, congelados. A Campinas do Centro e seus monumentos irão manter-se vivos enquanto forem capazes de se ressignificar, enquanto pudermos compreendê-los como elementos de uma linguagem dinâmica, através da qual escrevemos e reescrevemos a história coletiva.

Esse é o nosso desafio: o desafio de todos os cidadãos e principalmente de nós, creio que a grande maioria aqui presente é de servidores públicos. Nosso desafio não é a violência, a pichação, o tráfico de drogas. O desafio concreto é construir a justiça social, na cidade real. Não apenas a inclusão social (a inclusão do trabalhador como cidadão de segunda classe): a justiça social. E um desafio que não é só material: econômico, de moradia, de saneamento, de posto de saúde, de alimentação. É também tudo isso. Mas, para nós que trabalhamos com educação e cultura, é um desafio simbólico também. Um desafio que é o da recriação – coletiva – do imaginário dessa cidade. Um imaginário contemporâneo, plural, híbrido. Que se construa participativamente, a partir da contribuição também dos migrantes, dos filhos, netos dos migrantes. Um diálogo cultural, que na sociedade contemporânea já não se pode fazer à margem das tecnologias da comunicação, das redes virtuais, do audiovisual. Um diálogo que desoculte essa grande Campinas real, que está encoberta por um imaginário mofado, assim como as ervas daninhas, a poeira e as teias de aranha encobrem um casarão abandonado. Quando nós enfrentarmos esse problema simbólico, estaremos preparados para enfrentar os demais. Esse desafio é o de, sem negar a história, sem perder a memória, integrar novos elementos na discussão e na produção de uma nova identidade coletiva. Ou, talvez, de novas identidades.

Aqui, dentro do museu, esse desafio se traduz de inúmeras maneiras. Para mim, é visível como o nosso acervo colabora para a criação do imaginário: da nossa coleção fotográfica e de vídeos sai grande parte das imagens que são utilizadas quando se quer contar a história de Campinas. Pluralizar esse acervo é fundamental. Não apenas tornando-o conhecido e acessível à população. Pluralizar nosso espaço, a nossa programação. Para nós é importante também compartilhar com os cidadãos os saberes sobre a produção deste acervo: como os diferentes grupos sociais poderão produzir as suas imagens, como e onde poderão criar espaços para projetá-las, fazê-las discutidas. E a resposta, certamente provisória, que temos formulado, é o Programa Pedagogia da Imagem, cujo objetivo é o de promover a apropriação crítica e dialógica das linguagens e das tecnologias da comunicação e da informação pelos cidadãos. Particularmente, penso que um programa urgente é o de recontarmos a história dessa cidade, tecendo a memória dos bairros e das comunidades, junto com as pessoas que ergueram essa segunda Campinas. Nosso papel é o de mediadores desse processo: o de fornecer a nossa proficiência técnica e de linguagem para, solidariamente, construir e projetar com elas (e não por elas ou para elas) um novo discurso histórico. Será que essa proposta do museu pode ser incorporada e recriada pelos diferentes agentes educativos, dentro ou fora da estrutura escolar, num efeito multiplicador que a nossa reduzida equipe museológica não teria condições de alcançar?

Como estou falando para o público de educadores, e o foco principal da discussão é a sua formação continuada, o que temos que nos perguntar é: os educadores e educadoras estão também preparados para enfrentar esses desafios? Como estão fazendo a leitura desse cenário? Essa questão é importante ser bem compreendida porque aqueles problemas que eu mencionei no começo não ficam de fora do ambiente escolar. Eles entram na sala de aula e se manifestam como desinteresse, na forma de conflitos, na forma do baixo rendimento, nas desistências... enfim, no ciclo vicioso da exclusão. No fundo, é uma falta de identidade entre o sujeito e as instituições e as suas propostas. Mas que não é entendida assim, e normalmente a conta vai para o professor e a professora: são os docentes que são vistos como desinteressados, ou despreparados, ou incompetentes para lidar com essa situação.

De fato, há alguns desafios novos, especialmente na área da tecnologia, mas não apenas, também na área social e na área ambiental, que se colocam aos educadores e os fazem repensar a sua identidade profissional. Mas não creio que o discurso da culpabilização dos professores esteja correto, embora seja a saída mais fácil. Como é que a formação continuada, na área da cultura e da tecnologia, pode ajudar a entender e enfrentar essa situação?

Esse foi o problema básico que me motivou a desenvolver a pesquisa de Mestrado Quem educará os educadores? Saber os limites e as possibilidades da formação continuada para a incorporação das linguagens e tecnologias no trabalho pedagógico, dentro dessa perspectiva cultural e dialógica que propomos.


Batata e o professor Alberto Nasiasene, que lançou o vídeo Plantando o Saber.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Pedagogia da Imagem reconhecida pelo MinC

É com muita alegria que informamos que o Programa Pedagogia da Imagem, do Museu da Imagem e do Som de Campinas, recebeu a Menção Honrosa do Prêmio Darcy Ribeiro, do Ministério da Cultura, pelos trabalhos desenvolvidos.

O Prêmio Darcy Ribeiro tem por objetivo incentivar e premiar as práticas relacionadas a ação educativa em museus.

Projetos de todo o país foram avaliados nos dias 13 e 14 de abril, em Brasília, por uma comissão formada por museólogos e técnicos do Ibram/MinC, que consideraram critérios como a clareza no objetivo do projeto quanto à ação educativa, impacto local, descentralização dos recursos, levando em consideração a diversidade regional do país; efeito multiplicador e adesão do museu ao Cadastro Nacional de Museus e Sistema Brasileira de Museus.

Nosso projeto está entre os oito mais bem pontuados e será publicado em revista a ser editada pelo Departamento de Museus e Centros Culturais do MinC.

Obrigada a todos que nos ajudam a construir este projeto. Vocês são parte essencial deste reconhecimento.

Para conferir a notícia na íntegra, veja o site do MinC: http://www.cultura.gov.br/site/2009/01/14/premio-darcy-ribeiro-2/

Um abraço,

Juliana Siqueira

Oficinas populares de fotografia digital

As oficinas populares de fotografia digital constituem uma oportunidade de refletir e transformar a maneira como as pessoas se relacionam e veem a sua realidade. O vídeo Recantos propõe essa discussão a partir do relato da experiência desenvolvida em parceria entre o MIS e a EMEI Recanto da Alegria no ano de 2008. Assista agora (duração 10 min, taxa de bits: 105 kbps).

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Desocultando outras Campinas

A oficina de fotografia digital para multiplicadores tem contribuído para os participantes conhecerem melhor a região Noroeste de Campinas. Abaixo, uma foto realizada na última quarta-feira, dia 13 de maio, durante o passeio fotográfico pelo bairro São Luís, quase na divisa com Monte-Mor.

Mais adiante, na divisa entre os dois municípios, testemunhamos o desrespeito com o meio ambiente. A poucos metros do Rio Capivari, uma cerâmica despeja sobras de produção em um terreno, a céu aberto.

Programação especial: Semana dos Museus

O Museu da Imagem e do Som de Campinas convida para a programação especial da Semana dos Museus. Faremos uma sessão aberta do curso Pedagogia da Imagem a todos os interessados.

Eis a programação:

Dia 21 de maio, quinta-feira, às 14 horas.

  • 14h - "Quem educará os educadores? A Educomunicação e a formação de docentes em serviço" - Juliana Siqueira
    Apresentação dos resultados da pesquisa realizada no período 2006-2009 junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da ECA-USP.
  • 14h30 - Debate
  • 15h - Lançamento de vídeos produzidos a partir do programa Pedagogia da Imagem:
    . "Recantos". Dir: Juliana Siqueira, duração: 10 min.
    . "Plantando o saber". Dir: Alberto Nasiasene, duração: 25 min.
  • 15h40 - Debate
O evento é gratuito. Não é necessário inscrever-se previamente. Basta comparecer ao local. Todos os interessados são bem-vindos!
Local: Sala Imagens de Um Sonho
Museu da Imagem e do Som de Campinas
Rua Regente Feijó, 859, Centro - Campinas, SP(Palácio dos Azulejos)
Fone: (19) 3733-8800

Pedagogia da Imagem na USP


Terça-feira, dia 19 de maio, às 14h, estarei na ECA-USP a convite do Prof. Dr. Ismar de Oliveira Soares, para debater com os alunos da disciplina de pós-graduação "Educomunicação" a pesquisa realizada entre 2006 e 2009, intitulada "Quem educará os educadores? A Educomunicação e a formação de docentes em serviço".

A investigação foi desenvolvida durante o mestrado em Ciências da Comunicação, defendido no último dia 6 de maio, sob orientação do Prof. Dr. Adilson Odair Citelli. Participaram da banca, além do orientador, o Prof. Ismar de Oliveira Sorares e a Profa. Dra. Corinta Grisolia Geraldi.

Em breve, a ECA-USP disponibilizará a versão digital da dissertação em seu site. Para os interessados, é possível obter uma cópia em PDF, enviando solicitação ao e-mail pedagogiadaimagem@uol.com.br.

Os arquivos de foto e vídeo gerados durante a pesquisa de campo também estão à disposição dos interessados no Museu da Imagem e do Som de Campinas. Contato: (19) 3733-8800. Rua Regente Feijó, 859, Centro - Campinas, SP CEP 13013-051.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Para começo de conversa

Estou inaugurando este blog com a intenção de alimentá-lo com o relato dinâmico das atividades do Programa Pedagogia da Imagem, do Museu da Imagem e do Som de Campinas, MIS.

Para os que não o conhecem, trata-se de um programa educativo destinado a promover a apropriação crítica e dialógica das linguagens e tecnologias da comunicação, em especial o audiovisual.

Neste momento, estão sendo realizadas as seguintes atividades:
. Programa de formação continuada de educadores e educadores populares (duração anual);
. Oficina de fotografia digital para multiplicadores (curta duração);
. Oficina popular de vídeo digital (curta duração);
. Memória, Mídia e Educação Infantil: memórias da infância (parceria com a EMEI Recanto da Alegria);
. Acompanhamento e assistência de projetos desenvolvidos em escolas parceiras.

Espero que este espaço seja mais que uma maneira de relatar e registrar as experiências desenvolvidas coletivamente no MIS e se converta em uma oportunidade de intercâmbio entre pessoas interessada em audiovisual e na democratização da comunicação.

Abraços!