Dia 22 de julho, às 16h45min, na sala 8 da Faculdade de Educação Física, Analice Gomes de Lima Dias, Tânia Cristina da Costa e Juliana Siqueira apresentaram o trabalho "Produção de imagens e leitura de mundo: transvendo a realidade cotidiana". A apresentação faz parte da programação do 17º Congresso de Leitura do Brasil (Cole), no eixo temático "Escritas, imagens, criação: diferir". Mais informações sobre o Cole estão no site http://www.alb.com.br/17cole.
O grupo também elaborou um artigo, que em breve estará disponível nos anais do evento. Eis o resumo, já publicado:
Cotidianamente, a escola gera grande quantidade de dados, sejam registros escritos ou fotográficos. Nem sempre, porém, eles contemplam os aspectos mais significativos do cotidiano escolar, deixando escapar alguns dos elementos essenciais para a compreensão da dinâmica escola-comunidade. Normalmente feitos pelo corpo de educadores, consolidam um olhar técnico, unidirecional e monológico sobre o processo educativo. Sua comunicação raramente adota uma perspectiva histórica, perdendo-se o que foi construído ao longo do tempo. Assim, lamentavelmente, somente uma parte do que é registrado chega a público e, por vezes, numa linguagem inacessível para pais e alunos.
Com o objetivo de alargar as possibilidades da produção e do uso da fotografia no ambiente escolar, o Museu da Imagem e do Som de Campinas (MIS, Programa Pedadogia da Imagem) e a EMEI Recanto da Alegria (Projeto Memória, Mídia e Educação Infantil) estabeleceram, em 2008, uma parceria, por meio da qual se propuseram a trabalhar a memória coletiva da escola, na sua interação com a comunidade. Os moradores dos bairros Jardim Nilópolis, São Quirino, Cafezinho, Novo Horizonte e Gênesis (vizinhos à EMEI) foram convidados a participar de uma oficina de fotografia digital e construíram o roteiro dos passeios fotográficos que compunham a parte prática do curso. Mais de mil fotos foram produzidas, 700 delas incorporadas ao acervo do MIS, e 40 ampliadas em papel fotográfico, gerando uma exposição inaugurada na escola em novembro de 2008 e, no MIS, em março de 2009. A partir dessa experiência, os participantes da oficina desenvolveram um novo olhar para sua própria realidade cotidiana – mais atento e sensível, capaz de apontar a crítica social, tanto quanto de reencontrar a beleza e a poesia numa paisagem que expressa a condição de vida dos excluídos.
Em breve, publicaremos também uma foto do evento.
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