Registros do Programa Pedagogia da Imagem do Museu da Imagem e do Som de Campinas

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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Museu da Imagem e do Som homenageia fotógrafo Gilberto de Biasi com exposição na Semana Hércules Florence

O Museu da Imagem e do Som de Campinas abre a exposição Gilberto de Biasi – Ofício do Olhar no dia 17 de agosto de 2009, segunda-feira, às 19h30min. O evento, realizado na sala de expo-sições temporárias do MIS, integra a programação comemorativa da Semana Hércules Florence. A visitação à exposição é gratuita e fica aberta de terça a sexta-feira, das 10h às 18h, até 11 de setembro. O MIS fica na Rua Regente Feijó, 859, Centro.

Gilberto de Biasi
Gilberto de Biasi é um fotógrafo nascido em Campinas, em 21 de julho de 1931. Autodidata, iniciou seu aprendizado em fotografia aos doze anos, trabalhando como auxiliar em laborató-rios fotográficos da cidade. Aos dezesseis anos, começou sua carreira como fotojornalista, atu-ando como freelancer para o Diário do Povo e, mais tarde, para o Correio Popular, Gazeta, Esta-do de São Paulo, Diários Associados, Manchete e A Cigarra. Biasi também prestou serviços para a Prefeitura, entre 1953 e 1957, num trabalho do qual se origina parte da coleção “Gilberto de Biasi” existente no MIS. Influenciado pelo estilo da revista O Cruzeiro, tornou-se um fotógrafo sensível e versátil, que registrou a vida e os acontecimentos sociais de Campinas a partir dos anos 50, momento em que a cidade sofria um período de grande transformação, prenúncio da metrópole dinâmica e complexa dos dias atuais. Sempre cuidadoso com as fotografias que pro-duziu, ao longo das décadas, Biasi acabou formando um precioso e organizado acervo, com grande parte dos negativos produzidos em sua trajetória.

A Coleção Gilberto de Biasi no MIS
A Coleção Gilberto de Biasi existente no Museu da Imagem e do Som de Campinas compõe-se de 335 fotografias em preto e branco, impres-sas em papel fotográfico, sem negativo, data-das da década de 50. Foi formada a partir da identificação da autoria do material existente na Coleção MIS, cuja origem está na constitui-ção do próprio museu, em 1975. Atualmente, a coleção encontra-se digitalizada e disponível para consulta, mediante agendamento com o Setor de Fotografia.A importância desta coleção reside em sua qualidade estética e seu valor histórico. Repre-senta uma fração ínfima da produção deste grande fotógrafo campineiro, apaixonado pela fotografia, autodidata formado na observação antenada à produção de sua época e no exercício do fazer.Sua marca é o apuro técnico e o olhar sensível. Fotojornalista, clicando em preto e branco, no flagrante dos acontecimentos, Biasi não descuida de representar os vários tons de cinza, suavemente, em cada cena. Isso nas mais variadas condições de luz - do pleno dia às fo-tos noturnas, passando pelo contra-luz. Suas composições são sempre harmoniosas, mas nunca monótonas, explorando uma grande variedade de ângulos, enquadramentos e pontos de vista, como quem sabe se colocar no lugar certo, na hora certa. Biasi não apenas registrava o que via: dominando a técnica e a linguagem, construía habilidosamente suas fotos como uma poesia visual. Do ponto de vista histórico, a coleção retrata uma Campinas a ponto de desaparecer, o momento pregnante da cidade cuja transformação daria origem à metrópole atual. Nela, Cam-pinas se mostra acolhedora e organizada, com suas praças convidando ao descanso e à brinca-deira, suas ruas tomadas de gente nas festividades cívicas ou religiosas, suas edificações antigas revelando à distância o horizonte.

A exposição Gilberto de Biasi – ofício do olhar
Para a exposição, foram selecionadas 34 imagens, das quais a foto de abertura e as dez primei-ras receberam tratamento digital para recuperar suas características originais. A amostra traduz um pouco da diversidade de abordagens, aspectos sociais e recursos de linguagem que encon-tramos no montante da coleção. As fotos foram organizadas de acordo com as temáticas identi-ficadas: o trabalho, a infância, os desfiles e comemorações coletivas, o lazer (futebol, teatro e parques), as praças (território de fruição do espaço público), a modernidade das construções (traduzida numa linguagem quase gráfica), as panorâmicas da cidade (onde ainda se nota o horizonte), a expansão de Campinas e suas contradições, a vida noturna e a dessacralização do sagrado (representada pela imagem da Catedral “engolida” pelas novas e altas construções e pelo burburinho da nascente metrópole).

A qualidade singular das imagens produzi-das por Biasi transforma esta exposição nu-ma verdadeira aula de fotografia - dada por quem aprendeu seu ofício na lida cotidiana e na observação do trabalho dos mestres de sua época. O Museu optou por produzi-la em material prático, leve e durável, para que pudesse ser transformada em exposição iti-nerante, levada aos vários cantos da cidade e apreciada pelo maior número de pessoas. O agendamento estará disponível para escolas e espaços educativos, a partir de 14 de se-tembro, na Secretaria do MIS.


SERVIÇO – Exposição “Gilberto de Biasi – Ofício do Olhar”. Abertura: 17 de agosto de 2009, segunda-feira, às 19h30min. Visitação de terça a sexta-feira, das 10 às 18h, até 11 de setembro. Entrada gratuita. Sala de exposições temporárias do MIS – Rua Regente Feijó, 859, Centro. Agendamento da exposição itinerante (a partir de 14 de setembro) e atendimento a pesquisadores para consulta à coleção fotográfica pelo fone (19) 3733-8800. E-mail: mis@campinas.sp.gov.br.

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